O cantinho da psicologia...


Porque é que o nosso filho não quer comer?
O meu filho não come nada! Esta é uma queixa comum das mães nos consultórios de nutricionistas e pediatras. Eu própria já passei por isso, era uma luta diária entre sopas, massas, fruta, pratos, babetes, enfim tudo para que o meu Gonguinhas se sentasse à mesa e comesse os miminhos que eu lhe preparava com tanto amor…
Antes de pensarmos que temos que vencer esta batalha, a criança deve ser avaliada pelo pediatra o qual solicitará alguns exames de rotina, se necessário, para verificar se a criança possui alguma doença que provoque a falta de apetite.
Constatado o facto de a criança ser perfeitamente saudável, a dúvida persiste na cabeça da mãe:
Mas qual é o motivo da falta de apetite?  
  • A primeira coisa a fazer-se, neste caso, é descobrir o que significa o "nada" tão enfatizado pela mãe.
Importa desmistificar alguns erros cometidos pelas mamãs…
  •  A mãe oferece muita comida e ela não consegue comer tudo o que lhe é oferecido?
  • Não existe uma regularidade nos horários das refeições. A mãe oferece comida à criança a todo momento e ela nega-se a comer por uma razão muito simples: não está com fome.
  • Não existe variedade nos alimentos que são oferecidos à criança. Existindo o que chamamos de "monotonia alimentar".
  • O ambiente onde a criança realiza as refeições não é apropriado, existindo muito barulho, televisão ligada, discussões etc.
  • A criança quer chamar a atenção dos pais, pois sabe que o facto dela se negar a comer implica dizer que os pais irão tentar de tudo para que ela coma, como fazer brincadeiras, contar histórias etc.
  • A mãe está tensa demais para que seu filho coma e, como o laço mãe / filho é muito estreito, a criança acaba absorvendo toda essa ansiedade e como, resultado, se nega a comer.
Algumas dicas podem ser úteis no momento de se alimentar uma criança:
Oferecer quantidades de comida adequadas à criança. Deve-se ter em conta a capacidade do estômago da criança.
  • Deve existir uma regularidade nos horários das refeições. E, caso a criança não queira comer numa determinada refeição não devemos insistir. Adianta-se um pouco o horário da refeição seguinte. A criança provavelmente estará com mais fome.
  • Não deve existir "monotonia alimentar". Ofereça alimentos os mais variados possíveis. Deixe que criança conheça os diferentes sabores dos alimentos e decidir de quais ela gosta mais.
  • O ambiente onde a criança realiza as refeições deve ser tranquilo e harmonioso. Os familiares devem evitar para que a criança se sinta o centro das atenções, para tal, devem procurar estabelecer diálogos.
  • Não atender as chantagens da criança. Por exemplo: a criança só abre a boca se primeiro contar uma história ou fizer macacadas. Isto deve ser evitado. O ideal é que a mãe ou a pessoa que está a dar a comida estabeleça um relacionamento agradável sem ansiedade. Uma boa opção é conversar com a criança sobre factos da vida dela.
  • Estimular a criança a comer sozinha. Muitas mães não apreciam esta ideia, no entanto, quanto mais eles treinam, mais rápido aprenderão a comer sozinhos. E, para a criança, torna-se um prazer poder segurar a colher e levar o alimento à boca.  

Relato de uma estratégia bem sucedida

Gonguinhas é um menino de 3 anos, fantástico, doce, mimocas, muito educado, contudo tem um defeito que dificulta a nossa relação enquanto pais, com ele...É MUITO TEIMOSO!!!!
A politica da palmadinha que faz milagres não é de todo errada mas não tem resultados em termos de aprendizagem, resolve o problema/situação no momento, a politica do chora p´rai que eu nem quero saber apesar de me estar a moer toda por dentro também não me parece a melhor de todas...Na tentativa de evitar birras constantes e, principalmente de as prolongar adoptei uma estratégia que tem resultado na perfeição, com ele, e trouxe tranquilidade ao nosso lar ;)
Ora vejamos:
Imprimimos uma folha branca com sete bonequinhos (de preferência algum boneco que seja uma referência para ele, eu usei o Mickey Mouse) correspondentes a cada dia da semana, esses bonecos, são imprimidos sem sorrisos. Cola-se a folha no Frigorifico e todos os dias, mediante o seu comportamente, ele mesmo, vai colocar um sorriso ou uma cara triste, nos bonecos.
No final da semana terá, ou não, direito a uma recompensa...
O Gonçalo deu uma volta de 180 º no seu comportamento...o pior que lhe pode acontecer é ter uma cara triste...por isso podem imaginar...porta-se MUITO BEM!!! E os papás agradecem...Beijinhos e abraços e tenham um bom final de Domingo.

Relação mãe-criança e a adaptação psicossocial da criança!

Mães com uma elevada ansiedade de separação podem apresentar um estilo de
interacção mais disruptivo, algo que poderá ter consequências negativas no
desenvolvimento social da criança.
A ligação inicial entre a criança e a sua mãe permite o desenvolvimento na
criança de inúmeras aptidões e competências sociais, fundamentais para o
estabelecimento de relações positivas com os seus pares. Fornece igualmente
uma base segura que a encoraja a explorar o meio social. Tais movimentos
exploratórios promovem uma crescente capacidade de resolução de problemas.
A criança vai também transpor do seu laço primário para as suas relações
posteriores expectativas, estratégias e modelos de interacção. A qualidade desta
relação primária pode deste modo fomentar o desenvolvimento de comportamentos
adaptados ou desadaptados na criança. Verificou-se uma associação entre a qualidade e segurança da
vinculação e a adaptação psicossocial de crianças em idade pré-escolar ao nível
da agressão, ansiedade e isolamento. Assim, as crianças percepcionadas pelas
mães como inseguras e dependentes foram consideradas pelas educadoras de
infância como as mais ansiosas e isoladas. Por sua vez, as crianças representadas
como sendo seguras e independentes foram descritas como as menos
agressivas, enquanto que, as percepcionadas como inseguras e independentes
foram assinaladas como as mais agressivas.
A análise dos factores de risco e a identificação precoce das crianças cujo
comportamento social disfuncional e desadaptado no pré escolar ameaçam a
sua trajectória desenvolvimental, são fundamentais na prevenção de um
potencial desvio subsequente.
Desta forma, permanece actualmente, a necessidade de desenvolvimento
de técnicas complementares para uma identificação precoce do risco
psicossocial e da análise dos processos subjacentes aos problemas sociais
emergentes.
Uma elevada ansiedade de separação
materna poderá comprometer a qualidade da adaptação psicossocial da criança.


Quanto mais práticos, os nossos meninos, melhor!

As crianças de hoje dão palpites sobre o que vestir desde muito cedo, alguns pais até escolhem as roupas que os pequenos querem, interpretando a insistência como traço de personalidade. A verdade é que muitos deles acabam se vestindo como pequenos adultos, adotam acessórios e hábitos de "gente grande", especialmente as meninas.

Para os especialistas, a criança precisa de um tempo natural de amadurecimento para construir aos poucos a própria imagem, mas quando ela se vê refletida no espelho como um miniadulto pula várias etapas, passa a se comportar também como adulto e fica confusa.

O resultado é que aumentaram as queixas de crises de ansiedade e os quadros preocupantes que podem levar à depressão nos consultórios dos psicólogos infantis.

A psicóloga Juliana Alencar alerta que a criança imita o que vê, o que gosta, mas nem por isso deve ser estimulada a vestir-se precocemente como se fosse adulta. Para os meninos não é tão complicado porque o guarda-roupa masculino não sofre mudanças radicais, mas as meninas acabam se submetendo ao desconforto.

 
Infância é tempo de brincar para descobrir o mundo e formar a personalidade. O ideal é escolher as peças apropriadas para cada fase e, sempre dentro do universo infantil, encontrar um meio de agradar os pequenos.
De acordo com a psicologia infantil, a criança aprende imitando e assim vai construindo seu próprio universo, ela deve primeiro brincar com as roupas da mãe, brincar de fazer o cabelo, as unhas ou usar bolsas e sapatos de salto para estar pronta quando for a hora de usá-los.

A criança que avança rápido demais fica com a construção da própria imagem muito frágil, porque ela se vê num estágio avançado, mas não sabe como chegou até ali. A criança deve vestir roupas que tragam liberdade de movimento e combinem com a idade delas, permitindo que explorem novas experiências.

Mamãs atentas! ;)

Num artigo recentemente publicado na revista «Lancet», investigadores da Universidade de Cardiff (País de Gales, Grã-Bretanha), são apresentadas evidências de origem genética para o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Os investigadores, liderados por Anita Thapar, acreditam que esta condição, que afecta crianças (e não só) em todo o mundo resulta de um problema do cérebro – tal como o autismo, por exemplo – e não de factores educacionais ou sociais. No estudo compararam-se partes do DNA de 366 crianças diagnosticadas com TDAH e de 1046 que não sofrem desta condição.

A equipa de Cardiff constatou que 15 por cento das crianças com o distúrbio tinham alterações raras no DNA, em comparação com apenas sete por cento do outro grupo. No entanto, estes dados não convencem outros especialistas, pois não consideram o número significativo.

Tim Kendall, do Royal College of Psychiatrists, citado pela BBC, considera que associar exclusivamente a doença a causas genéticas pode resultar em tratamentos incorrectos, pois esta é uma mistura de factores genéticos e ambientais.

Outro especialista, Olivier James, psicólogo infantil, diz que estudos anteriores têm também em conta o efeito da ansiedade durante a gravidez e as dificuldades de relacionamento entre as mães e os bebés logo após o nascimento.

A equipa que realizou o estudo agora publicado entende que não há provas directas que liguem os factores ambientais ao TDAH e que esta suposta ligação é “estigmatizante” para quem sofre do problema.